O
menino sentado sozinho, no banco daquela praça de todos os dias, transbordado
numa dúvida intrigante. Ele não entende porque e como os adultos desaprendem o
amor, porque ficam na dúvida se permanecem ou não em histórias que não
acreditam mais, e esse mesmo menino inventa distâncias que não existem, e acaba
tendo medo de revelar o querer, de repetir o revelado, de guardar o repetido.
Nesse
menino há também o sentimento de que suas alegrias andam muito pensadas, e
talvez por isso pareçam sempre tão menores. Ele sente um frio, mas continua
ali, sem querer se levantar, sem ânimo para ver do que a vida é mesmo feita, porque cá pra nós "têm coisas que parece que só ele acredita..."
Ao
observar toda aquela cena e sabendo que o amor deveria ser urgente, e que as
pessoas deveriam ignorar os medos intangíveis, e saber viver os instantes. Pergunto-me:
Porque tal atitude daquele menino?!
O
menino ainda acredita no amor.
Mas,
como saber o que é certo?
Um comentário:
Acredito que esse menino não acredita no amor. Talvez possa acreditar quando tirar o ódio e o rancor do seu coração.
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