sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pupilas Dilatadas.


Quase todos os dias é bem assim:

Você me olha e o tempo para. E esses olhares são sempre oblíquos e, logo em seguida, um arquear de sobrancelha. Um riso suave. Um código? Talvez.Um interminável mistério. Logo depois vem toda uma reação:

Minha respiração falha por um segundo, mas quase ninguém percebe. Quase me falta o ar. Meu coração bate tão forte que olho para os lados para ver se alguém também escuta. Mas, não. Só eu ouço. Só eu sinto. Percebo que todo mundo está tão preocupado em em seu mundo, querendo saber o que rolou a na roda de conversa do lado que nem se dão conta do meu rubor. Do meu tambor aqui dentro do peito. O que vai ser da minha vida? Pergunto. Eu não sei. Ninguém sabe. E isto até que é bom. Pois, sentir frio na barriga não é tão ruim assim. Eu já me acostumei. Vício, aliás. E quando me vejo nestes teus olhos castanhos escuros (ah quando vejo "suspiro"), meu coração dispara novamente. E sinto algo que não sei dizer. Explicar. Escrever. É a adrenalina? A dopamina? A serotonina? A oxitocina? Ou só uma Dilatação de Pupilas?

Seja lá o que isto for, por um instante é bom!



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